E se?

Exatamente 106 anos atrás um grupo de jovens se reunia no parque municipal de Belo Horizonte pra criar o Glorioso Clube Atlético Mineiro. Hoje esse sonho se tornou a realidade de todos nós, milhões de apaixonados que dedicamos nossas vidas ao Galo. Pensando em tudo isso, hoje parei e tentei responder a uma pergunta que me deixou sem resposta, e por isso convido você meu amigo Atleticano a parar, pensar um pouco e tentar responder: E se não existisse o Clube Atlético Mineiro? E se a 106 anos atrás aqueles jovens não tivessem se reunido no parque? E se o dia 25 de março fosse só mais um dia?
Pense meu caro amigo, o que você faria nas tardes de domingo? E as noites de quarta feira, como seriam? Como seria não visitar todos os dias os portais de esporte, como seria abrir o armário e não ver a coleção de camisas do Galo lá? Será que um dia na sua vida você sentiria uma alegria tão grande quanto a experimentada no dia 24 de Julho de 2013? Será que você pelo menos passaria perto de uma tristeza tão profunda quanto a do dia 26 de Novembro de 2005?
Eu parei pra pensar em tudo isso, e não consegui encontrar nenhuma resposta. Eu não sei o que me faria acordar todos os dias e agradecer a Deus por estar viva, eu não sei o que ocuparia as paredes do meu quarto senão os pôsteres, fotos e qualquer coisa que carregue o símbolo do Galo. Eu não sei o que seria da minha vida se eu acordasse um dia e percebesse que não tem o próximo jogo pra me preocupar, o último pra discutir ou cornetar.

Pra nossa alegria e alívio, tudo isso se resume ao “se”. O Clube Atlético Mineiro existe, o nosso Galo forte e vingador é imortal, e nós somos abençoados por poder fazer parte dessa nação. Que venham mais infinitos anos de glórias, de conquistas, e principalmente de amor, lealdade e devoção ao Galo! 

Na face preta e branca de Marte*

Acalmem-se terráqueos. Estou vendo a tristeza de vocês aqui de cima, mas posso garantir que vai passar, e vou explicar por que. Até algumas horas atrás eu estava aí com vocês, assisti ao jogo do lado de vocês, chorei a derrota como vocês. Assim como vocês, eu vi meu mundo desabar. Enquanto via as lágrimas escorrerem pelo meu rosto olhei em volta e percebi que tudo o que eu queria era sumir dali, ir pra algum lugar bem longe, ser abduzida, e eu fui.
Daqui de cima vejo como todos vocês estão se sentindo. As bandeiras que estavam abertas nas sacadas agora são usadas pra secar as lágrimas que insistem em cair, toda a festa que vocês preparam com tanto cuidado agora precisa ser desfeita. Alguns de vocês estão revoltados, alguns estão pelos bares bebendo pra esquecer, alguns, como eu, estão aqui observando tudo isso.
Daqui de cima eu consigo ver tudo que vocês fizeram também. Ah Atleticanos, se vocês soubessem como é lindo tudo que eu posso ver daqui... Eu vejo bandeiras do Galo hasteadas por cada canto do mundo. Vejo que todas as emissoras de rádio e tv só falam no Galo. Vejo que a camisa preto e branca que vocês tanto amam agora é reconhecida em todo lugar. Cá entre nós Atleticanos, quando vocês imaginaram que isso seria possível? Se eu olhar um pouquinho mais pra trás vejo que à pouco tempo vocês lutavam contra a segunda divisão, contra jogadores descompromissados, diretorias incompetentes ou tudo isso junto. As tempestades trouxeram tudo isso e a camisa de vocês continuou lá, intacta.
Agora vocês choram por que não conseguiram conquistar o mundo, como tanto queriam. Mas aprendam Atleticanos, tudo tem a sua hora, e não era a do Atlético. Assim como não era a nossa hora de ganhar a Libertadores em outras edições que disputamos, por que o que era nosso estava guardado pra 2013. Quando pensarem sobre o mundial, e os olhos se encherem de lágrimas ou a mente se ocupar com pensamentos ruins sobre tudo que aconteceu, pensem bem. Olhem pra toda festa que vocês fizeram e se perguntem se tudo isso não valeu a pena. Perguntem se não valeu a pena tudo que vocês construíram com o Atlético esse ano, e tudo que ainda podem construir. A estrada não acaba aqui, caros Atleticanos! A estrada está só começando, e agora que o mundo já conhece do que vocês são capazes eu tenho certeza de que vocês vão ainda mais longe.

E ah, uma observação muito importante meus caros terráqueos Alvinegros: Jamais percam a gratidão por aqueles que proporcionaram tudo isso a vocês. Eles não deram menos do que podiam, não fizeram menos do que vocês, se pudessem, fariam. Apenas agradeçam, mesmo que em pensamentos, por poderem ter feito parte de isso tudo, assim como eu agradeço por poder ver vocês passarem por tudo isso!

*Título adaptado da crônica "Na face preta e branca da lua" de Roberto Drummond.  

O que é um ídolo?

Se você procurar no dicionário o significado da palavra ídolo vai encontrar algo como “pessoa digna de veneração, modelo a ser seguido” e coisas do gênero. Transferindo o termo para o mundo futebolístico, ídolo é o nome dado a jogadores que representam um time, que levaram uma equipe a grandes títulos, se identificaram om o clube, com a torcida e assim por diante. Transferindo o termo para o mundo Atleticano, quando falamos em ídolo alguns nomes são recorrentes em nossas cabeças: Reinado, Dadá, Marques, e recentemente Ronaldinho, Victor, Tardelli... 
Este último vive uma das maiores histórias de amor jogador-torcida que se tem notícias. Um jogador que chegou por aqui desacreditado, em um time tecnicamente fraco e ainda sim conquistou a admiração e respeito da torcida Atleticana. Depois de 2 anos no clube, recebeu uma proposta pra jogar no exterior  e partiu com lágrimas nos olhos e a promessa que um dia regressaria . E Regressou.
No início do ano de 2013, depois de uma negociação que se estendeu por meses o presidente Alexandre Kalil que, diga-se de passagem, também já se tornou um ídolo, anunciou que o atacante xodó da massa estaria de volta no ano do Galo, e mal sabia ele que chegaria para nos dar o título mais importante da nossa história.
"Foto: Centim"
Conhecido pela dedicação ao Galo, identificação com a massa e provocações ao rival, Diego Tardelli se torna ainda mais amado pela torcida Alvinegra a cada gol que faz, cada assistência dá, cada vez que ergue a camisa Atleticana em campo.
 Entretanto, em uma entrevista mal-interpretada por alguns na última semana, foi colocada em questão a reciprocidade do sentimento Tardelli/Galo. Ele só disse que poderia voltar ao antigo time no qual também havia deixado admiradores, mas alguns chegaram a considerar o fato traição por parte do atacante.
Aí eu pergunto a vocês, vamos perder tempo procurando problema onde não tem ou vamos dar ainda mais força a esse nosso ídolo e junto com ele buscar o mundial? O futuro a Deus pertence, meus amigos, e mesmo se no fim do ano não pudermos mais contar com a metralhadora que tanto já nos ajudou, devemos ser eternamente gratos a ele, por tudo que já nos deu.
#EstamosJuntosTardelli #AquiéGalo

A CBF voltou!

De início, esse não era pra ser o título desta crônica. Mas as circunstâncias do jogo não me deixaram escolhas. Não falo dos gols anulados, pois ainda não os vi calmamente para analisa-los, mas sim de lances pequenos que podem mudar um jogo. Nunca vi tantas faltas não marcadas, laterais invertidos, cartões não dados como hoje. Também não acreditava que era possível uma organização do tamanho da CBF permitir tais erros, mas hoje vi que estava errada. Entretanto, esse não era o assunto sobre o qual queria tratar. A ideia que me surgiu no meio do independência na tarde de hoje foi tentar expressar o que eu senti ao visitar nossa casa pela primeira vez.
A primeira vez, de o que quer que seja, é sempre especial. Algo sobre o qual você cria expectativas, imagina como vai ser, se prepara e arruma cada detalhe pra que tudo seja perfeito. E assim aconteceu comigo hoje. Assim que acordei fui escolher a roupa, afinal, em um dia tão especial não podia estar de qualquer jeito. Me senti como uma noiva que procura o mais lindo dos vestidos enquanto olhava por entre minhas camisas e tentava escolher aquela que me daria sorte. Como cada uma tem uma história, dava vontade de colocar todas, uma por cima da outra e partir. Mas levando em conta o calor belo-horizontino eu morreria em poucas horas, então escolhi uma e fui.
Ao chegar no horto fui percebendo devagarzinho tudo o que já tinha ouvido falar. A cerveja gelada na porta do estádio, as rodas de amigos que se formavam pra discutir sobre a partida que iria acontecer, crianças dependuradas nas costas de seus pais, hinos tocando, bandeiras tremulando. Tudo aquilo que via por fotos e vídeos agora estava ali, na minha frente. A única diferença era que agora tinha uma coisa a mais em tudo aquilo: Eu.
Entrei no independência e automaticamente fui tomada por um nó na garganta acompanhado de olhos marejados. Olhar pra tudo aquilo que tantas vezes já tinha visto pela tv, identificar cada cantinho que eu tanto havia desejado estar foi como mágica. Por muitos momentos não assisti a partida. Me pegava constantemente olhando pros lados, olhando a torcida cantar, as bandeiras tremularem, as crianças cantarem o hino, os homens com seus radinhos inseparáveis... A única coisa que me vinha a cabeça era: como é boa a sensação de fazer parte do que você mais ama no mundo!
Você que ainda não teve a oportunidade de ir a campo, vá! Faça uma oportunidade, crie uma situação. Posso lhe assegurar, caro amigo, que será uma das experiências mais marcantes da sua vida, assim como foi da minha!


O paraíso é logo aqui!

Podem passar mil anos, mas nenhum Atleticano esquecerá a quarta feira dia 24 de Julho de 2013, o dia em que os sonhos e esperanças acumulados em 105 anos se tornaram realidade. O dia em que uma cidade inteira deu as mãos, vestiu preto e branco e acreditou. Acreditou no que muitos diziam ser impossível, acreditou no melhor time do Atlético de todos os tempos,  acreditou, mais do que nunca, que nós honraríamos o nome de Minas no cenário esportivo mundial.

Foto: Gabriel Castro.
Belo Horizonte inteira parou pra ver, ouvir e sentir o Galo. Enquanto assistia ao jogo em um bar eu pude ver claramente o que tinha lido tantas vezes nos livros do mestre Roberto Drummond; o Atlético que une as pessoas. Eu vi quem nem se conhecia se abraçando, vi pessoas que nunca tinham se visto compartilhando um amor tão grande que pareciam ser amigos íntimos. Vi senhores com seus radinhos em mãos explicando aos mais novos o que acontecia por ali. Vi Atleticanos envoltos em suas belas camisas oficiais, com seus lindos carros desfilando por BH e parando pra abraçar e comemorar com aqueles que não tinham nada além do amor pelo Clube Atlético Mineiro. Vi pessoas de diferentes partidos políticos de mãos dadas, vi pessoas de diferentes religiões rezando juntas, vi vigias que trabalhavam durante o jogo com um olho na partida e outro no trabalho.  Eu vi o que nosso mestre descreveu. Eu vi o paraíso que tantas vezes já tinha ouvido falar, e que cá entre nós,  é bem mais bonito pessoalmente.

Roberto Drummond nos ensinou a torcer contra o vento. E nós torcemos. Nós torcemos contra o vento durante 120 minutos. Nós torcemos tanto contra o vento que sopramos aquela bola que bateu caprichosamente no travessão, no último pênalti. Torcemos tanto contra o vento que derrubamos o atacante do Olímpia que, com o gol vazio, simplesmente escorregou e caiu. Tenho certeza que o roteiro dessa libertadores foi escrito por Ele, e que lá no céu Ele escreveu a crônica mais linda de todas, que todos nós conheceremos um dia.
Esse título também é seu, mestre! Esse paraíso é de todos nós.

*Texto dedicado ao eterno mestre Roberto Drummond, que sempre inspirou a todos nós com seu amor incondicional ao Clube Atlético Mineiro.


Aqui é GALO!

Quinta feira, 30 de maio de 2013. Segundo jogo, quartas de final da libertadores da América. Independência lotado, mosaico perfeito, torcida em sintonia, grito de Galo ecoando pelos quatro cantos do mundo. Cenário perfeito pra uma vitória perfeita, pra uma classificação tranquila. Exceto pelo fato de que aos 46 minutos do segundo tempo surge um pênalti pro time adversário.
Torcedor se emociona no pênalti.
Créditos da imagem: Soul Galo
Me ajoelho, escondo o rosto com os olhos cheios de lágrimas por trás das mãos. Baixinho eu sussurro: “acabou”. Sinto a lágrima escorrendo pelo meu rosto e como em um filme começo a ver várias cenas dos últimos anos. Vi o gol do Goiás nos eliminando da copa do Brasil ano passado, vi nosso time tomando seis gols do rival, vi o Galo perdendo o campeonato brasileiro pra arbitragem, imaginei todos os rivais rindo de nós, imaginei a imprensa nos chamando mais uma vez de cavalo paraguaio, pensei em quão triste seria ter que jogar todo aquele cenário lindo fora. Foram os maiores cinco segundos da minha vida.
Não conseguia abrir os olhos, e as únicas palavras que saiam da minha boca eram: “Victor, por favor, por favor!”. Não vi o pênalti. Só consegui levantar a cabeça quando ouvi o grito das pessoas ao lado. Ainda sim não acreditei. Acho que até agora não acredito. Não sei o que pensar, só sei que precisava registrar todo esse sentimento através de um texto, então me arrisquei nessas palavras. Peço desculpas a vocês leitores se a gramática não estiver perfeita ou algo do gênero. A única palavra que me vem a cabeça agora é OBRIGADA.
Não ganhamos o título e talvez nem o façamos, mas segundos como esses fazem tudo valer a pena. Atleticano, acredite! Esse amor nos dá forças pra acreditar e lutar sempre.

#AquiÉGALO

3 passos do paraíso

O que são três degraus de uma escada? Para um bebê é um desafio praticamente impossível de ser batido. Para uma criança que acabou de aprender a andar pode ser uma grande vitória depois de muito esforço. Pra nós pode ser a realização do maior dos nossos sonhos.

Vocês já pararam pra pensar que faltam apenas três degraus? Que a taça da libertadores está a apenas três passos de nós? Pois é amigos, o que à alguns meses parecia utopia do mais sonhador Atleticano hoje é uma realidade.  São só mais três times entre nós e o título de campeão das Américas. São mais 6 jogos, ou mais 540 minutos, ou mais 32400 segundos que nos separam da maior de nossas glórias.
Alguns meses atrás quando entramos em campo pela primeira vez diante do São Paulo ainda na primeira rodada, éramos tidos como o “Cavalo Paraguaio” da competição, como aquele time que nas horas decisivas não suportaria a pressão e seria eliminado. Pois bem, o cavalo paraguaio já deixou muita gente pra trás e segue – embora eu não goste deste termo – como favorito a conquista do título. Aquele mesmo time que não suportaria a pressão vem encantando o mundo com um futebol bem jogado, um time entrosado e é claro com a torcida mais apaixonada do universo onde quer que ele vá.
Foto: Gabriel Castro
Pare pra pensar caro amigo Atleticano, pare pra pensar. Você se lembra de quando nós caímos pra série B? Você se lembra de quantas vezes nós lutamos até a ultima rodada pra evitar que isso acontecer de novo, não é mesmo? Olhe só meu amigo, nós estávamos a poucos passos do inferno, a poucos passos de novamente ver o Atlético disputando a segunda divisão. E isso não é nenhum passado remoto não, muito pelo contrário! Dois, três anos atrás estávamos nessa situação e olhem bem onde estamos agora.  Estamos a 3 passos do paraíso! Estamos a 3 times da glória, da redenção, da recompensa por tantos anos de espera e amor incondicional ao Clube Atlético Mineiro.
Vamos acreditar Alvinegros! Vamos apoiar, vamos cantar, vamos vibrar cada jogo como um campeonato, pois cada jogo é um passo a menos no caminho do nosso sonho!
#VamuGalo #VamuAtéOFim

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